Chegava no bar uma mulher com traços meigos, parecia ser culta, mas alegre, não aquela cultura amarga que nos remete a angústia, uma cultura de vida, que chega dava pra ver um brilho qual transmitia, arrisquei um sorriso, ela nem olhou para mim, pensei que não tivesse me visto, daí lembrei que um amigo meu disse-me uma vez, "Você acha que ela não te viu, mas ela te percebeu e analisou em menos de um milésimo de segundos, tudo isso de longe! " Depois de lembrar disso fui obrigado a vê-la ao lado de um rapaz que já estava há tempos no local, ele provavelmente havia convidado-a pra sair, um rapaz bem vestido, cabelos baixos e lisos, barba feita, totalmente diferente de mim, fingi-me de louco com uma ultima esperança, talvez tivesse apaixonado-me sem conhecer a senhorita, subi em uma das mesas e recitei o mais belo de meus poemas com o olhar fixo para ela, o garçom pediu educadamente para que eu me retirasse do local, peguei minhas coisas, paguei com um ódio mortal aquele café horrível, e ela passou por mim de mão dadas com o cavalheiro saindo também do restaurante, sorriu pra mim, e o meu dia ficou melhor, até o café já estava menos ruim em meu estômago, nunca mais havia me sentido tão leve, daí peguei meus sonhos e fui pra outro barzinho, tentar achar outra paixão repentina, mas ela nunca mais voltou !
Álisson Bonsuet.
Nenhum comentário:
Postar um comentário