terça-feira, 26 de julho de 2011

O poeta

É preciso sofrer para aprender a escrever.
É preciso sentir para saber retratar.
Não é preciso ser ator para saber interpretar.
Não é preciso ser poeta para saber amar.


A sabedoria e o saber sem alegria.
A tristeza exata e a ignorância.
Tudo se usa com palavras.
Acentos sem intolerância.


Saber viver, saber sonhar.
Saber dizer, sem nada falar.
Ter uma alma vagabunda.
Cheia de ideias, nenhuma profunda.

E, se a tinta acabar, o poeta morre.
Morre de angústia, por não se expressar.
Morre de fome por não trabalhar.
E ainda morto se faz eterno.

Correntes invisiveis

Hoje eu acordei com uma vontade imensa de dizer ao mundo que eu realmente sinto um coração bater.
Mas tudo o que eu vi, foi uma parte dele me dizer que a razão queria me proteger.
E o que seria a razão sem sentir a emoção?
Tudo tem o seu paradoxo, e em meio a tempestade, vejo um barquinho chegando pra me salvar.
De repente me apego a esse barco, e não quero voltar.
Por isso eu digo, hoje eu sei onde é o meu lugar.
Não demora e o barquinho vai saber pra onde a minha vida guiar.

Álisson Bonsuet (Obrigado eu precisava disso)