quinta-feira, 31 de outubro de 2013

És um assalto em mim

Seremos só amor de madrugada.
Ouvir gemidos, duas almas apaixonadas.
Seremos só amor o tempo inteiro
Domingo a noite, eu e você sem fazer nada.

E viveremos nisso, do sonho mais bonito.
Sem ser bandido, assalto a mão amada.
Quebrar retratos, te lembrar que és namorada.
E rir da peça, da paixão mais desastrada.

Álisson Bonsuet


domingo, 27 de outubro de 2013

Lua e Sol

Uma lenda de uns 10 minutos atrás, não tão diferente como a dor dos nossos pais, dizia que existia amor. Era o amor de um homem pela mulher, do garfo pela colher, do samba por uma cachaça qualquer, meio assim Tom Jobim... O homem morreu lua e a mulher morreu sol, ele sentia frio e ela virou lençol. Luan subia  e Solange ia pra outro canto, era difícil viver desse amor, a chuva era pranto, mas presta atenção! Amor fácil é chato, não precisa por no papel,  eles desafiavam tudo e se encontravam sem querer no mesmo céu!

Vi a lua e sol no mesmo céu... (Frase da banda Forfun)

Álisson Bonsuet

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Leite derramado não tem longa vida

- Quem atirou no peito do sujeito?
- Procura-se, procura-se, já procurou em si mesmo?

E morreu.


Mortálisson Bonsuet



sábado, 12 de outubro de 2013

Américo quase XX

Toma um café, cheira o sovaco, coça o saco e senta no vaso. Américo acordou mais cedo hoje, foi ver o sol nascer, foi ver sem perceber o que havia de errado, olhou para o lado só tinha a parede, bateu a cabeça com força, acordou o vizinho para ir pro trabalho, tomou um doce e fumou um cigarro, fez uma viagem interior.
Na primeira parada encontrou duas putas bolivianas, drogadas e com sono, com fome de sexo, sorriu e seguiu, na segunda  conversou com as pulgas de um cachorro belga, não se sentia sozinho, foi andando de mansinho e entrou numa casinha velha e verde, foi ver de perto quem ali habitava, na entrada ficou pensando, deve ser alguém que teve uma vida cara e hoje paga o preço... Tcharam, ali estava, Sr. Américo Futuro, sentado no vaso, cheirando o sovaco e coçando o saco, velho e fedido, largado e fodido, sozinho e sem paz.

Álisson Bonsuet

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Medíocre

Tem algo preso no peito.
Não é a fumaça do cigarro.
Se fosse, seria menos letal.
Se fosse, seria mais carnaval.

Talvez eu saiba o que seja.
Mas, eu não quero a certeza.
Prefiro meio copo de cerveja.
Pra ser mais um cara normal.

Álisson Bonsuet