quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bêbado

Talvez seja o sono que há tempos eu tenho comigo.
Ou ainda a incerteza de um litro desmedido.
Que me deixa nesse estado normalmente afetado.
Por um lado corajoso e por outro encorajado.


Não é atoa que eu visto a camisa ao contrario.
Nem é a troco de uma subversiva atenção.
Não visto as peles e as máscaras diárias.
Por um momento de adrenalina, falsa e sem razão.


Álisson Bonsuet.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tudo o que eu ainda não sei

Isso que me foge, me escapa.
Isso que eu inalo e se desata.
É somente o desatento coração.


Isso que por carta eu não explico.
Isso que em letras não se mostra.
É somente o inicio das respostas.


Isso que ainda me confunde e invade.
Isso que ainda se percebe sem maldade.
É somente a complexidade da alma, amada.


É disso que eu ainda não consigo fugir.
Porém, também não consigo fingir.
Tão somente uma alma, desarmada e desalmada.


Álisson Bonsuet.







segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O foco racional ou não

Fique a vontade para entrar.
Tome uma dose de paixão.
Duas de textos destrutíveis.
Três de um pouco de razão.


Que racionalidade é essa?
Me faz ser irracional, intuitivo.
Imoral e sem nenhum sentido.
Talvez fosse o livro lido, talvez não.


O foco é achar o culpado.
Ou o cupido miserável com razão.
O foco é ter o foco desviado.
Só pra esquecer os limites da emoção.


Álisson Bonsuet



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mesmo que seja escuro

Olhe o menino de hoje.
Veja como ele age.
Tão sem gosto e sem cores.
Sem pensar na bagagem.


O que se leva é puro.
O que se lava é alma.
O que não perde é riso.
O que se pede é calma.


Pedidos sem sentido.
Maturidade adiantada.
Deixando de ser o rico.
Pois é pobre sua jornada.


Então enquanto há tempo.
Vem comigo dar risada.
Se me der eu não te cobro.
E juro que não pago nada.


Álisson Bonsuet

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Muros demolidos

O mundo me exige tudo.
Tudo me exige um mundo.
E tudo isso em um minuto.
Sem deixar nada parado.


Mil acontecimentos metamórficos.
Sem deixar de ser eu mesmo.
Mesmo que não tenha saída.
Encontrarei a lógica da vida.


Basta viver para encontrar.
Não basta querer para realizar.
É necessário ir fundo, correr.
O que eu preciso é indeciso.


Sei que quero ter você.
Não pode ser impossível.
Derrubamos os muros.
Da caverna e dos abismos.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Perguntas ?

Sabe quando a gente cansa de ser comparado sem motivos? 
Sabe quando a gente cansa de pedir desculpas mesmo sem ter culpa?
Sabe quando a gente cansa até de ficar cansado? 
Se a gente cansou não é certo que estamos errados.


E se eu ainda faço, é notório o meu medo de deixar-me.
Mas isso me sufoca, toda essa insegurança, medo de voar.
Tudo o que eu já fiz e o quanto eu mudei, não valem de nada?
Os erros são realmente meus? Será que mesmo estando certo eu mereço ser errado?