segunda-feira, 29 de julho de 2013

Desaprendendo em agosto

Eu entendia de tudo sobre todas as coisas.
Eu entendia da morte e das outras pessoas.
Eu entendia matemática, entendia geografia.
Tirava as roupas de noite e as colhia de dia.

Fui entender dos entendimentos dos outros.
Me perdi em agosto, sem tempo pra setembro.
Desconheci o inverno de dentro da moça.
Não era português o que saia da boca.

Se é sobre o amor, se é sobre a ela.
Será labirinto nos becos e vielas.
Se é sobre a viagem que fiz dentro dela.
Ninguém nunca saberá.

Eu sei lá, foi paixão.
Eu não sei de nada.
Eu serei solidão.
Incerteza em exatas.

Álisson Bonsuet.

Um comentário:

  1. Prezado Állison, meu nome é Paulo Cézar da Paz, e fui colega de seu pai, Bonaparte Menezes, no Caraça, em 1965-66. Eu era muito amigo dele porque éramos muito apegados à literatura e me lembro que ele costumava recitar poesias nas horas do recreio e era fã de Castro Alves. Estou curioso para saber do paradeiro do Bonaparte. Como ele está? Ele está trabalhando ainda e deu sequência à sua veia artística? Gostaria muito de ter notícias dele e espero que sejam boas. Por favor, responda-me pelo e-mail pcezarpaz@gmail.com ou escreva em minha linha do tempo na internet.

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