sábado, 25 de maio de 2013

Caça

Ada... Que vadia mais amada, todos daquela cidade, homem, mulher, cachorro, criança, sonhavam em tê-la nos braços. Oto, um poeta de longe, escreveu-lhe misérias de amor, mas, nunca a tocou. Ebe, a mulher que fumava, gostava da coisa, tentou tragar a maldita e morreu, o coração atacou, cresceu e cresceu, nunca coube no caixão. Bob, filho de pai rico e esnobe, deu-lhe de presente um diamante, coitado do infame, morreria de fome sem o amor desejado. Natan, a criança de olho verde, jurou arranca-los para ter teu coração, pobre Natan, só viu cor de solidão. Ada então foi pra prisão, seduziu o delegado, imbecil e abestalhado, que soltou a moça viva e viveu sem tuas mãos. Eu agora me pergunto, onde anda a tal da Ada? E, quem chamou de descarada? Qual o motivo sem razão?
Recompensa-se quem acha-la: Meio litro de veneno e uma cachaça destilada.
O padre ouviu os sinos falando: Parem a caça por essa moça que não quer se casar, solta é de passarinho, deixa em paz ele ‘avoar’.

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