quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sofrer indolor

Essa dependência imutável.
Da mais nova flor amável.
De tão nobre e sensitiva.
Ditam choros sem sentidos.


Desapego não me invade.
Sou ciúmes, sou detalhes.
Sou amante em sentimentos.
Valorizo o que é de dentro.


Mas como isso conhecer,
sem sofrer, sem questionar ?
Já que antes não ocorreu.
quem sabe agora brotará ?


Será fogo de palha.
Será fogo de amor.
O será é duvidoso.
Mas será sempre indolor.


Álisson Bonsuet.



terça-feira, 29 de maio de 2012

Toda a verdade de um mundo paralelo

E, simplesmente a vida acorda com problemas corriqueiros, todas as pessoas pagam contas, levam filhos na escola, começam um novo relacionamento, terminam um velho, ou não tão velho, mas nem sempre foi assim, não falo dos relacionamentos durarem pouco tempo, estou falando de antes disso, estou falando de quando existiam divindades superiores, espera, não me julgue mal, vai entender um pouco mais ao decorrer desta história.


Houve uma época em que todas as crenças religiosas eram respeitadas e todas as divindades superiores viviam entre nós, Jesus Cristo e Deus, Alá e Maomé, Brahma, Krishna e Shiva, Oxossi, Poseidon, Zeus, Ogum, Exu, Yemanjá, Tupã, Shinigamis,  anjos de luz e anjos das trevas, Buda, etc. Todos viviam relativamente em paz, com alguns desentendimentos ideológicos, mas sempre se respeitando.


Os humanos começaram a crescer de forma incontrolável, pouco rezavam ou oravam para os deuses da morte, como era bom viver naquele paraíso todo, ninguém iria querer deixar aquele lugar, mas, para continuar em equilíbrio as divindades que tiravam a vida teriam que ter tanto poder quanto as que davam as coisas boas, e as mortes foram aumentando, os humanos se revoltaram ao ver membros de sua família morrendo do nada, o amor, o ódio, a dor, tudo isso já existia, logo então surgiram os primeiros a se voltar contra os seres superiores, estes seres se reuniram em uma grande sala para discutir sobre isso e decidiram o seguinte: "Já que eles são capazes de viver sem nós, vamos dar poderes a cada um deles, vamos dar livre arbítrio, vamos deixar que eles se guiem sós, não vamos aparecer para eles, deixaremos só os ensinamentos e a fé, em cada pessoa foi implantado doses desmedidas de beleza, de amor, de generosidade e maldade também, o ser humano agora é seu próprio deus e vai enaltecer o lado que ele achar melhor, se nosso equilíbrio para eles não deu certo, deixa eles com o equilíbrio interno que terão que construir.


E hoje vivemos dessa forma, cheios de deuses dentro de nós, um pouquinho de cada um, lutando com nossas forças para fazer o que cada um em sã consciência (Ou não), acha melhor fazer.




Continua ...




Álisson Bonsuet.



domingo, 20 de maio de 2012

Sequencial

Acordei assustado nessa madrugada.
Fui ler um pouco, as risadas já pediam socorro.
As palavras que vieram dela deram-me sorrisos.
Fiquei feliz ao saber que estava seguindo o caminho.


Com a minha mente, atrapalhando-me naturalmente.
Eu senti, sei não, estava contente, era o que eu queria.
Havia compreensão daquela que me chamou de inocente.
Escrevendo então sobre ela, até a poesia mostra-se sorridente.


Álisson Bonsuet.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pondo a mesa

A paixão que foi escondida,
na ultima folha do inverno.
Caiu como a ultima folha do caderno.
Estava perto de prova-la.


Já quase em um túmulo.
Eu olho o que antes seria o meu futuro.
Analiso duras penas, duros vícios.
E só volto ao mesmo ponto.


Te leio contos se casares comigo.
Te dou amor, de amante, de amigo.
Te daria muito mais para não deixar-me.
Daria notas com bemol de todo o meu nada.


O que me fascina são teus gestos repentinos.
O que me obriga são teus laços, traços femininos.
Engula-me com tanta beleza.
Faz-me sorrir com nossas ricas tristezas.


Álisson Bonsuet. 



00:00

Vejo maquiagens borradas.
Estão em caras tão baratas.
Eu não estou em casa.
Eu nunca estive ali.


E numa mensagem falha.
Foi escrito o que nunca disse.
Por mais que eu visse, ouvisse.
Por mais que ainda sentisse.


Não te daria amores, flores.
Elas não morreriam por ti.
Não te traria o sol da meia noite.
Só para agora te ver sorrir.


Álisson Bonsuet



Isso só

Hoje é um ótimo dia para escrever-te.
Para te..
Bom, hoje é um ótimo dia.
Acordei com o cheiro do café vizinho.
Fiquei durante um tempo perguntando-me.
Será que foi feito sozinho?
Pois é, me encontrava em carência anormal.
Não era como nas vezes em que veio visitar-me.
Era pior, uma ferida estava sendo aberta.
Sem pressa, desci as escadas e preparei o meu café, só...
Aguado e amargo como o gosto de um beijo esquecido.
Durante um longe período sozinho da minha vida.
Fui comparado aos vermes que repugnava e adorava.
Decidi logo então ser diferente, ser só.
Não me faz bem nem mal.
Só me faz só.


Álisson Bonsuet.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Mantendo-me

Percebo que o mar está calmo.
Só após injeções de tranquilidade.
Percebo que me invade o saber.
Procuro onde hei de ser parte.


Pessoas que andam comigo.
Estão apenas de passagem.
Pessoas que se formam em passado.
Só estão a provar a viagem.


Eu respiro e sigo tentando sentir.
O sangue ferve, minha mente reflete.
Enquanto eles riem do palhaço mais bobo.
Enquanto o palhaço perde a graça.


Encontro um ser que é parte de tudo.
Ontem mar revolto, hoje maltratado.
Mas sempre sem medo de ser rejeitado.
Gritando e explanando, passageiros apaixonados.


Álisson Bonsuet.