sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um novo amanhecer

Intolerância, inimizade, desigualdade.
A voz que invade a mente vazia.
Mãos trêmulas que regem o futuro.
As mãos trêmulas da antropofagia.


Comem a minha paz, por ganancia.
Comem a minha alma por arrogância.
Numa dessas, arranca a minha beleza.
A verdade imaterial, o saber, a destreza.


Mas é preciso sentir a dor para ver cor.
Pois é preciso sentir odor para conhecer a flor.
E necessidade plantar e não comprar.
É bem vinda toda a forma de amar.


Amando, o amanhecer vai acontecer.
A mando do ser presente ao se fazer.
Sonhando com um novo prazer.
Sem dinheiro, sem a capitalização do poder.


Álisson Bonsuet.



2 comentários:

  1. "Toda forma de amor vale aquela"...
    Bacana como você integra os significados da antropofagia com esta profusão de sentidos e de "ins". O corpo, as sensações, o ato de comer metaforicamente, de trazer para dentro, e devolver o que é e sente para o mundo externo.
    Sou sua fã!

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  2. Pô, esse é um tipo comentários que me deixa sem saber o que dizer, obrigado por ter gostado, e que "negoço" de fã nada !!

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