Ela está lá
do outro lado da tela.
E eu estou nela,
como quem vive numa cela.
Deveria fazer-lhe um poema,
quem sabe falar dos problemas,
oferecer um café de domingo
imaginar ela vindo, sorrindo, não indo.
A moça já disse que vinha,
não quero arranjar picuinha,
mas sinto que é só ironia,
que a sorte eu não tenho pra paz.
(Ah, que bom, voltei a escrever)
Álisson Bonsuet