O célebre cérebro, celebrou o amor. Ao invéz de dor, da dor da razão. Que por tão somente vaidade. Pôs-se em plena divindade. E sem perceber que arde. Forte fogo da paixão.
Corta agora, a porta corta fogo. Que separa um do outro, louco. Me atravessa seus olhares de emoção. Pois é moça, a mulher do coração. Que em pedaços se refaz pouco a pouco. Que em pedaços me devora feito lobo.
Rouba-me a vida e enche-me de esperança. Meus problemas são ligados a você. E as ligações desesperadas te faziam perceber. Que é paixão, se não, é amor, talvez fosse asia. Pois queima, assim como falavam no poema. De amor em amor, como flor desabrochou, despedaçou.
Sim, é apenas asia e mal estar. É por não poder estar com você. É por mal tentar-me presente fazer. É por te querer bem sem estar doente. É coisa que não se pode explicar. É por isso que arde, me arde sem machucar.
Eu ando e canto pra recompensar o santo. Que em vossa santidade, me arrumou um canto. Cheio de encantos, encantos tantos, me fazem voar.
Me fazem ainda, sentir a mais viva, chama que me arde. Vento que me sopra, lago que me corre, logo me invade. E ali se instala, o mais puro sentimento, que traz consigo o veneno.
Vem dentro de um ser, ciúmes de amor, talvez sem poder. Estar contigo onde for, mas de certo eu sei que sempre estarei. Dentro de ti é muito perto, que até cego por opção consegue enxergar.
Observo-me em mudança de vida. A mudança que afetou os meus pais. Que por uma vez já mudou ancestrais. Mas ainda que me mude é tudo muito igual.
Uma poética linear que segue sem cessar. As vezes louca as vezes não, sempre com paixão. Pois é isso que ela é, o fogo cego que se vê. A natureza do viver, o verde cheiro da emoção.
E do que adianta chorar em meio ao mar? E do que adianta ainda sequer chorar? E a voz que adianta a dor, já escurece a cor. E a paz que adianta a calma, ta faltando em minh'alma.
E o que falta acontecer para eu aprender a viver? E o que falta acabar para a maturidade chegar? E nada mais falta, só faz falta se é de amar...