Vou te ter, seja tarde ou cedo,
No meu peito, onde é seu leito
Que é pra sempre que eu te quero agora,
Que de nós existirá história.
Teu sorriso, meio linear,
E é lá que eu quero estar.
Meu descanço será todo teu,
Tu Eurídice e eu eterno Orfeu.
Álisson Bonsuet
Escrever, fazer pensar, fazer sonhar!
sábado, 20 de dezembro de 2014
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Vendo meu amor sem cobrar nada
Hoje eu sou planta
Com raiz de anta,
É que não me movo
Do morro de onde eu vim.
Fica lá no alto
Bem pertin da lua,
Atravesse a rua,
Vai chegar aqui.
É que ainda sou moço
E até pareço um poço,
Beba da minha água
Toma-te de mim.
Tão intimidado
Com a tua beleza
Que não teria certeza
Nem se dissesse: Sim!
Álisson Bonsuet
domingo, 16 de novembro de 2014
Só, rindo e vindo
Ela está lá
do outro lado da tela.
E eu estou nela,
como quem vive numa cela.
Deveria fazer-lhe um poema,
quem sabe falar dos problemas,
oferecer um café de domingo
imaginar ela vindo, sorrindo, não indo.
A moça já disse que vinha,
não quero arranjar picuinha,
mas sinto que é só ironia,
que a sorte eu não tenho pra paz.
(Ah, que bom, voltei a escrever)
Álisson Bonsuet
do outro lado da tela.
E eu estou nela,
como quem vive numa cela.
Deveria fazer-lhe um poema,
quem sabe falar dos problemas,
oferecer um café de domingo
imaginar ela vindo, sorrindo, não indo.
A moça já disse que vinha,
não quero arranjar picuinha,
mas sinto que é só ironia,
que a sorte eu não tenho pra paz.
(Ah, que bom, voltei a escrever)
Álisson Bonsuet
sábado, 18 de outubro de 2014
Caju
Vem pra cá, ju
que só em pé de caju, caju dá
Dá pra ser feliz, juro,
que essa distância haverá de acabar.
Vou pro Ceará, já
que lá tem Caju, me faz brotar.
Eu vou, mas vou nu, só,
Para só, nunca mais ficar.
Álisson Bonsuet
Desenho/Img: Brenna Aguiar (Caju)
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Cego
Tem três meses,
por três vezes
desta vez
poeta morre.
Trem das treze
Tereza, Vanessa, Tristeza,
desta vez
ninguém no forte.
Na fortaleza, sozinho,
divide espaço com fumaça
no coração de quem
vive a esperança que não parta.
Sem se ver.
Álisson Bonsuet
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Poema pro espanto
Sonho o dia em que o azar
nos fará uma sacanagem,
te encontrar perto de um bar
sem saber que foi miragem.
Pode ser qualquer de ti,
com a cara admirada
só por ver que eu sorri
e chamei outra de amada.
Álisson Bonsuet
(Da série"Minimalista por ter a produtividade bloqueada")
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Gira, ilha, sol, amada
Postergamos nosso amor
para o vento virar flor,
mas se um dia cê se for
cê se forma em canção.
Eu reclamo dessa dor
que já dói por não ser dois,
por deitarmos no depois
por só eu querer tua mão.
Eu não sei nem responder
quanto tempo durará
esse amor por teu olhar
que só deus podia pintar.
E eu poeta, poetinha,
num minuto viro dia
se cê jura que é minha
pra melhor o sol girar.
Na morada do distante
meu ciúme da tua rua,
que tem sempre você nua,
no país que cê andar.
O que eu quero é tua pele,
arrepio, junto a minha,
pelo menos por um dia
numa ilha, filha e mar.
Álisson Bonsuet
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